O que é geração distribuída de energia elétrica?

O que é geração distribuída de energia elétrica?

A geração distribuída é uma modalidade de geração de energia elétrica caracterizada pela proximidade dos geradores com os consumidores. 

A geração distribuída é uma estratégia de geração descentralizada, que emprega geradores de pequeno porte e se contrapõe ao modelo tradicional de geração centralizada.

O modelo centralizado de geração corresponde ao uso de grandes usinas (como hidrelétricas e termelétricas) distantes dos centros de consumo, o que requer o transporte da energia por linhas de transmissão de longa distância.

Por outro lado, na geração distribuída existem pequenos geradores instalados próximo aos centros de consumo ou no mesmo local onde a energia é consumida.

A figura da geração distribuída foi criada em 2004 no Brasil pelo Decreto Lei No. 5163 do Governo Federal, mas não era muito acessível a todos os consumidores.

Em seguida a geração distribuída tornou-se amplamente acessível à sociedade brasileira através da Resolução Normativa No. 482/2012, que permitiu o acesso à rede de distribuição de baixa tensão por consumidores comuns, com o objetivo de produzir energia elétrica para autoconsumo. A RN 482/2012 foi posteriormente revisada e ampliada pela RN 687/2015.  [/vc_column_text]

Quais são as vantagens da geração distribuída?

A geração distribuída tem vantagens dos pontos de vista econômico, ambiental e social:

  • Redução de perdas: com a descentralização da geração, a energia pode ser produzida no próprio local onde vai ser consumida ou perto dos centros de consumo. Desta forma evita-se a necessidade de transportar a energia a longas distâncias, o que reduz perdas e torna o sistema elétrico mais eficiente, além de evitar altos investimentos em linhas de transmissão. 
  • Ampliação de investimentos: a geração distribuída incentiva pessoas e empresas a produzir sua própria energia. O investimento é feito com capital próprio ou financiado, evitando que o governo precise investir ou promover leilões demorados e burocráticos para a construção de grandes usinas. 
  • Expansão da matriz energética: a geração distribuída permite a rápida expansão da oferta de eletricidade no país, o que leva à redução do custo e ao aumento da disponibilidade de energia elétrica no país.
  • Energia limpa: a geração distribuída incentiva o uso de fontes limpas e alternativas, tornando a geração de eletricidade mais ambientalmente correta.
  • Geração de empregos: Ao incentivar a instalação de centenas de milhares de pequenos geradores de energia elétrica, a geração distribuída pulveriza investimentos, cria empregos locais e movimenta diversos setores da economia, desde a fabricação até a instalação dos sistemas. 

Quais fontes podem ser usadas na geração distribuída?

A geração distribuída pode empregar energia solar, eólica, da biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas. 

Os sistemas fotovoltaicos instalados nos telhados de residências e empresas são exemplos de geradores distribuídos, pois correspondem a mini ou micro-usinas que geram energia para autoconsumo.

Os geradores distribuídos operam em paralelismo com a rede elétrica tradicional. Isso significa que o consumidor é alimentado simultaneamente pela rede elétrica e pelo seu gerador próprio. 

Dentre todas as fontes, a solar fotovoltaica é a mais propícia para a geração distribuída, pois é possível gerar energia elétrica em qualquer área onde seja possível instalar módulos fotovoltaicos.

Módulos fotovoltaicos (ou placas solares) podem ser instalados em telhados, estacionamentos ou mesmo no solo.

  

Como funciona a geração distribuída no Brasil?

geração distribuída com sistemas fotovoltaicos tem sido muito usada no Brasil desde 2012, quando foi publicada a resolução normativa No. 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A RN 482/2012 criou no país a modalidade de geração distribuída conectada à rede elétrica de baixa tensão, permitindo que pessoas físicas e jurídicas possam gerar sua própria energia elétrica  e se conectar ao sistema elétrico de forma fácil e sem muita burocracia.

As únicas exigências para os geradores distribuídos na baixa tensão é que os projetos devem ter a responsabilidade técnica de um profissional qualificado (engenheiro ou técnico) e devem ser homologados nas concessionárias de distribuição de energia.

São considerados microgeradores distribuídos no Brasil qualquer sistema que possua potência inferior a 75 kW (quilowatts), o que permite atender a quase totalidade das residências e pequenas empresas brasileiras.

Sistemas acima de 75 kW são considerados minigeradores. A diferença é que existem algumas exigências adicionais para sua conexão ao sistema elétrico, além de poderem se conectar às redes de média tensão. O limite da geração distribuída no Brasil são os geradores (ou mini-usinas) de 5 MW (megawatts).

Segundo a ANEEL, os geradores distribuídos (em sua grande maioria fotovoltaicos) estão espalhados em mais de 5,1 mil municípios em todo o Brasil, de norte a sul. 

  

No ano de 2018 foram instalados cerca de 35 mil sistemas fotovoltaicos de geração distribuída no Brasil. Em 2019 foram instalados mais de 121 mil geradores, um crescimento de mais de 300% em relação ao ano anterior. Em 2020 foram instalados mais de 180 mil geradores.

Em dezembro de 2020, segundo dados consultados no site da ANEEL, existiam mais de 360.000 geradores distribuídos instalados em residências ou empresas brasileiras, com uma potência total de 4,32 GW [gigawatts = bilhões de watts].

Esses números estão mudando rapidamente, pois a geração distribuída de energia solar não para de crescer no Brasil. 

No site da ANEEL você pode encontrar números atualizados e outras informações sobre a geraçao distribuída de energia elétrica:  https://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida

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